Preso em Ermelino suspeito de matar professora
19/08/202019/08/2020
O ex-marido de Priscila Gonçalves Almeida da Silva, encontrada morta carbonizada dentro do carro dela, foi preso na manhã desta quarta-feira (20) na zona leste de São Paulo. Ele não aceitava o fim da relação e é o principal suspeito pela morte da professora de São José dos Campos (SP). O homem nega ter cometido o crime.
De acordo com o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), ele foi preso no bairro de Ermelino Matarazzo por policiais do 62º DP, após uma denúncia anônima. A delegada Magali Celeghin Vaz, da 1ª delegacia do DHPP, da equipe A-sul, disse que ouviu ele em um depoimento prévio e que ele será interrogado nesta quarta.
“Ele disse que saiu com ela de São José dos Campos e que estavam vindo para São Paulo discutindo a relação. Em determinado momento diz que ele saiu do carro e ela seguiu sem ele”, disse a delegada.
Priscila, de 28 anos, saiu de casa no dia 17 de julho para fazer compras em um supermercado próximo da casa onde morava com os dois filhos. Segundo a família, ela deixou o imóvel no fim da tarde e não deu mais notícias.
Por volta de meia-noite, estranhando a falta de notícias, o irmão acionou a polícia e família começou as buscas por ela. O pai de Priscila, Rodolfo da Cruz, encontrou um registro do carro dela passando por um radar na capital.
Na manhã seguinte, policiais encontraram o veículo em uma estrada no bairro Jardim Ângela. O carro estava completamente queimado e o corpo de Priscila estava no banco de trás.
Não foi possível fazer o reconhecimento visual da vítima ou por arcada dentária devido ao estado do dano causado pelo fogo.
Crime passional
A polícia trabalha com a hipótese de crime passional. Priscila foi casada por oito anos com ex-companheiro, de 34 anos. Com ele teve dois filhos, meninos de seis e nove anos. Ela havia se separado um mês antes do crime e, segundo a família, ele não aceitava a separação.
O advogado Gilson Aparecido dos Santos informou que o pai de Priscila entrou com uma ação de emancipação de tutela na Justiça pedindo a guarda dos netos.
Após a identificação do corpo, a família organizou um ato em memória de Priscila e um protesto contra o feminicídio.
Fonte: G1/imagem reprodução mídias sociais